Prefeita investe em audiência sobre o poder das mulheres
Promovida pela Prefeitura, SEFAM e NUCA, a primeira Audiência Pública sobre o papel de meninas e mulheres em posição de liderança, superou expectativas na noite desta quinta-feira, 22/11, em Pirapora. O ato, presidido pela adolescente Sarah Lorrane Neves, aconteceu na Câmara de Vereadores e teve representante de diversos setores: igreja, escolas e os poderes executivo, judiciário e legislativo. O Hino Nacional Brasileiro foi entoado por Cleudiane Santos e Maria Laura Coimbra.
A secretária Heloísa Gribel lembrou que as mulheres, durante muito tempo, foram vítimas de diversas lutas e preconceito. Citou que a mulher precisa desenvolver atividades em prol da sua própria luta. Ela explanou sobre políticas e eleições, falando da importância de tirar o título eleitoral para fazer um bom uso do voto. Também lembrou o fato de que pela primeira vez na história de Pirapora, com mais de cem anos de emancipação política administrativa, a cidade possui uma prefeita. Mas lamentou que, na Câmara Municipal, não há vereadoras, e sim cem por cento de vereadores. “O que precisa ser mudado, dando espaço, hora e vez às mulheres. Parabenizo todas vocês pela participação, a prefeita Marcella por investir nas mulheres e ao NUCA, pela primeira ação sendo desenvolvida por mulheres adolescentes, precisando intensificar políticas públicas para todos”.
Foram mostrados gráficos e tabelas com ações e investimentos das políticas públicas promovidas pelos governos. Lamentavelmente, os números indicam queda de recursos destinados às ações para mulheres. As palestrantes foram Elissa Hemily Andrada Marques e Ana Paola Ramos. A pastora Ana Maria Burle destacou o papel da igreja na luta feminina.
Após os discursos, foi reservado tempo para perguntas, discussões acerca de tudo que foi explanado. Adolescentes fizeram perguntas, entre elas, a Renata, que despertou atenção de todos perguntando às componentes da mesa se eles passaram por situação de discriminação ou violência por serem mulheres.
Larissa Rocha, jornalista, observou que a culpa que a mulher carrega não é dela (trecho de uma música). E afirmou que, se for preciso, é necessário brigar pelos direitos. Para ter conquista, ela disse que é preciso ter austeridade, estando unidas e juntas. Ela cantou uma outra música alusiva ao poder das mulheres. Que devem lutar juntas. Não basta crescer sozinha, segundo ela, e sim crescer juntas.
No final, foi feita a leitura de um manifesto, escrito para a prefeita de Pirapora, senhora Marcella Machado Ribas Fonseca, e ao Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Pirapora (CMDM), cujo teor foi o pedido de fortalecimento de políticas públicas nessa área.