Há pouco a comemorar no Dia Mundial da Água
No dia que o mundo comemora o Dia Mundial da Água, 22 de Março, o rio São Francisco tem pouca há comemorar. De acordo, com o relatório divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica a onda de rejeitos da tragédia socioambiental da empresa Vale S.A. em Brumadinho, já atingiu o Velho Chico.
Segundo os dados da SOS Mata Atlântica, a represa de Retiro Baixo está segurando o maior volume dos rejeitos de minério, a lama mais pesada. Porém, o rejeito leve, os contaminantes mais finos estão ultrapassando o reservatório e descendo o rioParaopeba, impactado pela tragédia, é um dos afluentes do Velho Chico. E apesar das medidas tomadas no sentido de evitar a contaminação do São Francisco, na barragem de Três Marias, onde ocorreu coletas recentemente, houvealterações nos níveis aceitáveis de metais pesados.
Porém, apesar das notícias ruins, o SAAE-Pirapora realizou coletas e analisou a água que abaste os piraporenses. O serviço coordenado pelo biólogo da autarquia, Patrick Nascimento Valim, ocorreu entre fevereiro e março, e os resultados (disponíveis no site da autarquia) mostram que a água do rio atende a legislação em vigor, estando apta a ser tratada e distribuída à população. “Fizemos coletas nas duas captações do SAAE, nas saídas das Estações de Tratamento de Água – ETA's 1 e 2, e na rede de distribuição. Nenhuma análise apresentou alteração ou contaminação”, observou Valim.
De acordo, com o colaborador da autarquia, o SAAE continuará a monitorar a qualidade da água do rio São Francisco, como sempre fez, garantindo um produto final adequado ao consumo humano. “O trabalho aqui no SAAE é de excelência e ininterrupto. E o governo segue monitorando o deslocamento da lama, além de pontos de coleta no rio Paraopeba, no reservatório de Três Marias há três pontos de monitoramento”, finalizou.