Encontro comemora Dia do capoeirista e apoio da EMUTUR ao Movimento Salve Capoeira, Axé Pirapora
Uma das manifestações mais representativas da cultura popular foi lembrada na terça-feira, 03/08, com a comemoração do Dia do Capoeirista. A capoeira tem suas origens no século 17, quando ocorreram os primeiros movimentos de fuga e rebeldia dos negros escravizados. De inspiração africana e origem histórica brasileira, a palavra capoeira venha do tupi-guarani “caá-puêra”: “mato que já foi”. No dialeto caipira, “capuêra”, significa “mato que nasceu no lugar de outro derrubado ou queimado”. Este tipo de terreno seria o local das primeiras rodas de capoeira.
Sua prática mistura múltiplas manifestações – dança, música, dramatização, espiritualidade e jogo – luta ou esporte – tamanha a sua diversidade cultural. Por iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a capoeira foi reconhecida, em julho de 2008, como Patrimônio Cultural Imaterial afro-brasileiro. Em novembro de 2014, a Roda de Capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura/UNESCO.
Símbolo do folclore e da cultura piraporense
Em Pirapora, a data foi marcada com um movimentado encontro de grupos de capoeira e mestres no vão livre do Centro de Convenções, reunindo os integrantes do Amaê BerimbArte (da Mestra Luciana), Nova Guiné (do Mestre Rasteira), Uganda (Mestre Cinturinha), Gavião de Minas (Mestres Gavião e Gavião Pardo), Arte Negra Quilombo (Mestre Mazinho), Abadá Capoeira (Instrutor Aranha), Centro de Cultura Afro Gerais (Mestre Elaine), Bantos Capoeira e o Professor Bimba. Homens e mulheres de todas as idades, oriundos de vários bairros e comunidades locais.
A união dos grupos em torno do movimento “Salve Capoeira, Axé Pirapora” conta com total apoio da Empresa municipal de Turismo/EMUTUR, com o propósito de resgatar, valorizar e incentivar a capoeira como um dos mais antigos e emblemáticos símbolos do folclore e da cultura piraporense. Universal, democrática e inclusiva, com os ensinamentos transmitidos de geração a geração, a cultura de resistência e ancestralidade da capoeira venceu preconceitos e ao longo do tempo conquistou adeptos em todas as classes sociais, em Minas, no Brasil e em mais de 150 países.