SESAU lança a campanha “Dezembro Laranja”: Não espere até sentir na pele
O dia 1 marca o início do Dezembro Laranja, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de pele. Ao longo de todo mês, estão previstas algumas atividades e atendimentos. O objetivo da campanha é alertar e informar a população sobre os riscos dos tumores cutâneos, principalmente o melanoma, que, embora menos frequente, é mais agressivo, tem maior poder de metástase e é responsável pela vasta maioria dos óbitos causados por tumores cutâneos.
De acordo com o Painel de Oncologia, do Ministério da Saúde, em 2020 houve 781 diagnósticos confirmados de melanomas. Em 2021, foram 724, o que representa uma redução de 7%. Em 2022, até o mês de outubro, houve 572 diagnósticos confirmados, portanto já acima da estimativa do INCA , de 540 casos. Para as neoplasias não melanoma, os números chegam a 5.231 (2020), 5.939 (2021) e 4.579 (até outubro de 2022).
Aqui no Brasil, o câncer de pele já é uma questão de saúde pública. Em dezembro, justamente o mês em que se inicia o verão, época do ano onde é registrado um aumento no número de casos de câncer de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia trabalha a campanha do Dezembro Laranja.
A campanha Dezembro Laranja foi criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A ação faz parte da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele. Desde 1999, um mutirão anual de atendimentos gratuitos que já beneficiou mais de 600 mil pessoas. O câncer de pele é o tipo mais comum no mundo. Em um país tropical como o Brasil, onde o sol e o calor predominam durante a maior parte do ano, o quadro não é diferente.
A manifestação da doença se dá com o surgimento de uma pinta escura, de bordas irregulares, que também pode coçar ou descamar. Em casos de uma pinta ou sinal que já existia, ocorre o aumento do tamanho, alteração na cor e no tamanho da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares.
Diagnóstico precoce
A exposição elevada aos raios ultravioleta é a principal causa do melanoma, e quem possui pele clara e/ou com muitas manchas está mais vulnerável à doença. O excesso de raios UV pode levar à mutação do DNA dos melanócitos. Se não for diagnosticado precocemente, o melanoma pode avançar para os nódulos linfáticos e outros órgãos do corpo, como fígado e cérebro. Por isso, quanto mais cedo for diagnosticado, maior a chance de recuperação.
Tratamento
Em fase inicial, ele deve ser tratado com a cirurgia de remoção da lesão e, depois disso, com uma segunda cirurgia para remoção de das margens em volta da lesão para garantir que o tumor não volte naquele local. De todos os tratamentos, é considerado o mais simples e menos agressivo. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante: ele evita que o paciente tenha que se submeter a tratamentos mais intensos, como a quimioterapia, terapia alvo e/ou imunoterapia.
Prevenção
No caso do melanoma, a prevenção é, de fato, o melhor remédio. Através da regra do ABCDE é possível avaliar pintas e sinais suspeitos. É recomendável consultar um dermatologista ao menos uma vez por ano para fazer um mapeamento corporal generalizado e identificar possíveis riscos.
No site da Sociedade Brasileira de Dermatologia, no endereço sbd.org.br/dezembrolaranja, é possível saber onde acontecerão os atendimentos presenciais em cada estado, na edição deste ano da campanha Dezembro Laranja.